A Câmara Municipal de Indaiatuba aprovou por unanimidade a extinção do cargo de Chefe de Gabinete do Prefeito, função até então ocupada por Kamila Nery Grossi, esposa do prefeito Custódio Tavares (MDB). O projeto de lei (8/25), apresentado pela própria Prefeitura em regime de urgência, foi votado na sessão da última segunda-feira (23 de junho).
Segundo informações do Jornal de Indaiatuba, Kamila acumulava também a função de presidente do Fundo Social de Solidariedade (Funssol), cargo que permanece sem remuneração. A chefia de gabinete, no entanto, era remunerada. Dados do Portal da Transparência mostram que ela recebia salário-base de R$ 23.881,71 em janeiro e fevereiro deste ano. A partir de março, o valor subiu para R$ 25.195,20, além de R$ 1.200 em “proventos variáveis”.
Com a aprovação da nova lei, os cargos de Chefe de Gabinete do Prefeito e de Presidente do Funssol, como estavam estruturados, deixam de existir. No lugar da chefia de gabinete, será criado um núcleo de Assessoria Especial com funções de apoio político, administrativo e articulação com a sociedade civil. Segundo a Prefeitura, Kamila não ocupará esse novo cargo.
Aumento de salário após as eleições
Kamila é formada em Odontologia desde 1996, com especialização em Endodontia e pós-graduação em Ortodontia. Servidora concursada, atuava como dentista na rede pública de Indaiatuba desde 2014. Até outubro de 2024, ela recebia salário-base de R$ 9.509,70. Após as eleições, o valor subiu para R$ 12.679,60. A última atualização da folha de pagamento disponível no Portal da Transparência é de 12 meses atrás.
Esposas de prefeitos já ocuparam cargos antes
Essa não é a primeira vez que uma primeira-dama ocupa cargo comissionado na cidade. Em maio de 2018, Tânia Castanho, esposa do então prefeito Nilson Gaspar (MDB), assumiu a Secretaria da Cultura, cargo antes ocupado por Erika Hayashi. Tânia permanece no posto até hoje, mesmo após a troca de governo.